domingo, 8 de julho de 2012


MÚSICA DE ONTEM

MÚSICA DE HOJE

Oposição a Paes no Rio aposta na internet para compensar pouco tempo de TV


Os quatro principais adversários de Paes para a prefeitura do Rio de Janeiro  - Rodrigo Maia (DEM), Marcelo Freixo  (PSOL), Otávio Leite (PSDB) e Aspásia (PV) – estão ativos no Twitter e Facebook e Youtube. Pretendem, com as novas mídias, minimizar a grande vantagem do rival na TV, tradicional meio de propaganda política no País.
“O meio digital forma opinião e serve para mostrar lados que, muitas vezes, a mídia não exibe. Assim, pode contaminar a imagem da gestão administrativa, que tem a máquina ao seu lado”, opina o presidente regional do PSDB, deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha, um dos coordenadores da campanha do deputado federal Otávio Leite, candidato do PSDB, que tem o terceiro maior tempo, 3 minutos e 29 segundos.
“A internet não substitui a campanha de rua e a rede de militantes, mas vai nos beneficiar. Nossa militância é formada especialmente por jovens que cresceram nesse ambiente virtual e imaginamos que a importância do Facebook, Twitter e do nosso site será grande”, disse Freixo, que contará com apenas 1min33.
Fernando Alvim/Futura Press
Marcelo Freixo, do PSOL, aposta na internet para levantar fundos e alavancar sua candidatura

A equipe do postulante do PSOL já está com uma plataforma pronta para arrecadar recursos pela internet. “Queremos volume de doações de R$ 15, R$ 20, R$ 30 e R$ 50”, afirmou Freixo. O maior caso de sucesso do gênero foi o da candidatura de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos. Em 21 meses, Obama obteve US$ 500 milhões em 6,5 milhões de doações pela internet – a média foi de US$ 80 e a maioria fez mais de uma oferta. Na atual campanha de reeleição, Obama já juntara US$ 96 milhões só em março e abril.
Na realidade brasileira e em uma eleição municipal, evidentemente, o candidato é muito menos ambicioso. Ele imagina conseguir arrecadar no total cerca de R$ 2,5 milhões, somando doações convencionais e pela internet.
Rodrigo Maia (DEM) e Clarissa Garotinho (PR), sua vice, atuam fortemente na internet, c om perfis no Twitter e no Facebook. A chapa terá o segundo maior tempo de exibição na TV, 3min56, mas já começou pré-campanha na internet para receber reclamações sobre a cidade, que possam vir a ser usadas na disputa.

Para Otávio Leite (PSDB), “a internet vai viver o ápice nesta eleição”. “Metade da população da cidade está no Facebook. Esses canais democratizam as oportunidades de debate. A maioria dos eleitores terá pesquisado e se informado sobre candidatos, e a internet possibilita o exame mais detalhado. A campanha esquenta mesmo em agosto, mas a internet começa antes e proporciona a antecipação mais presente”, disse.
Adversários focam ataques em Paes
Não existe um pacto de não-agressão acordado formalmente entre eles, mas a tendência natural é a de todos focarem os ataques a Paes e sua gestão, para provocarem o segundo turno.
A maior parte das mensagens no Twitter e Facebook, por ora, já é de críticas a Eduardo Paes e ao governador Sérgio Cabral (PMDB), seu aliado.
“Elevado da Perimetral com tráfego intenso. Derrubou? Vira engarrafamento subterrâneo”, escreveu o tucano Otávio Leite, sobre a proposta de Paes de pôr abaixo uma importante via do centro da cidade. Aspásia postou: “Lixo no entorno do Galeão; Os órgãos públicos não decidem e os detritos se acumulam. Hora de sair das discussões para a ação.”
Mas nem tudo é tão direto ou objetivo nas mensagens dos candidatos na internet. Em suas escritos no twitter, o advogado Otávio Leite adora usar citações, como “Inteligência e caráter são os objetivos verdadeiros da educação”, de Martin Luther King, Jr., ou “A Arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal”, de Machado de Assis.
Outra do tucano foi uma frase de Jean Cocteau: “Não sabendo que era impossível, foi lá e fez.” Talvez funcione como um autoestímulo diante das dificuldades da campanha que se inicia nesta sexta-feira (6).

O SÉCULO DO EU

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A EVOLUÇÃO NÃO PODE PARAR

Está programado para dezembro de 2012 um dispositivo revolucionário, o Leap Motion. É algo tão novo que parece mágica e vai ser mais uma maneira super ágil para acessar o computador. É algo como uma tela touchscreen que você usa sem nem precisar tocar. Basta você movimentar a mão para usar com precisão. 
A turma do site americano de tecnologia The Verge foi conhecer de perto o Leaf e fez este vídeo. O aparelhinho ainda está em versão beta. A versão final deve ser lançada no final deste ano. É uma engenhoca que você simplesmente pluga no seu computador. Claro que depois haverá uma lojinha de aplicativos, tipo AppStore, para desenvolvedores botarem seus próprios programas de utilização do programa.

Algo muito interessante, mais uma facilidade. Provavelmente daqui algum tempo comandaremos os televisores com os movimentos de mãos, se não formos aposentar de vez o controle remoto, ele diminuirá certamente de importancia. 
O pessoal da Technology Review diz que é o Leap Motion é revolucionário, a tecnologia mais importante desde a criação do smartphone. É opinião de peso. Veja o vídeo e julgue você mesmo. Por enquanto é só clicar para acessar.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O CINEMA?

Incrível como na medida que você vai lendo sobre cinema, mais coisas há por desvendar, depois de um período de total liberdade de criação, a década de 80 foi marcada pela imposição do mercado, as produtoras começaram a se interessar somente em filmes que dariam retorno certo financeiramente, e tudo mudou..para pior. As mudanças no mercado têm colaborado para restringir a liberdade criativa do cinema.
Na verdade foi a partir do meio da década de 70 que os mandões de Hollywood começaram a usar testes com público e pesquisas para decidir como fazer filmes (quem quiser se aprofundar no tema, sugiro ler “Como a Geração Sexo, Drogas e Rock’n’Roll Salvou Hollywood”, de Peter Biskind).
E não podemos esquecer o que viria mudar radicalmente o mercado, o vídeo cassete, filmes prontos para que a pessoa pudesse comprar. Os estudios perceberam o potencial do VHS e da venda de filmes para TV. Filmes passaram a seguir uma certa “fórmula”, com roteiros claramente pensados para obedecer até aos intervalos para os comerciais de TV.
Hoje, o cinema é feito por encomenda. E claro que os grandes estúdios buscam investir em retorno garantido: como as adaptações de HQs, filmes romanceados para adolescentes, comédias pastelões e séries de TV, refilmagens, filmes que copiam outros filmes, com os mesmo atores, a mesma música, o mesmo estilo. No Brasil, a nova moda são comédias de estilo televisivo.
Até o chamado “cinema alternativo” sofre com isso. É só ver como o modelo de um filme de arte está se repetindo.
A chamada globalização fez com que se você tirar o som de um filme argentino, de um francês ou de um alemão, fica difícil diferenciar, os estilos de parecem, a narrativa se parece e até a fotografia sempre muito “clean”.
Antes quando era possível distinguir a origem do filme pela sua estética, hoje isso passa batido.
Até os anos 70, as pessoas iam ao cinema como um momento único, pois dificilmente iria rever aquele filme. Por isso vemos depoimentos de tantas pessoas que diziam ir em várias sessões para o mesmo filme, hoje quando alguém se dispões a ir a um cinema para ver o filme (já que pode baixar antes) pode aguardar o dvd que é lançado pouco tempo depois do filme sair em cartaz, e vem até com cenas extras, bastidores e depoimentos do diretor e/ou atores.
O cinema agora sofre com a padronização e a crescente banalização do acesso aos filmes.
Claro que não podemos criticar isso, é algo inevitável e para os cinéfilos no Brasil por exemplo que demora uma barbaridade de um filme estrear, ou as vezes nem isso, não há outro jeito, além do que fez com que mais pessoas se interessassem em ver filmes por conta desse acesso facilitado, além de ser fantástico dar dois cliques no mouse e baixar a obra completa de Bergman ou Kurosawa.
O que percebo é outra coisa os filmes estão mudando. E não foi para melhor. Basta ver a lista dos mais vistos e notar. Ou os últimos lançamentos dos filmes nacionais, é de dar medo e constrangimento.