domingo, 27 de novembro de 2011

FILMES: ERA UMA VEZ EM TÓQUIO


Um filme minimalista do diretor JaponêsYasujiro Ozu de 1953. Com cenas bem contrastantes da calma do interior do Japão, com a correria e poluição da grande Tóquio. O filme mostra bem o egoismo das pessoas, mesmo se tratando da relação entre pais e filhos e como muitas vezes deixamos as nossas obrigações como prioridade e esquecemos de dar atenção à nossa família, a nossa própria vida.


Um casal de idosos que vive no interior do Japão, decide visitar os filhos em Tóquio. Porém, lá cada um dos filhos "empurra" a responsabilidade de cuidar deles para o outro. Sendo que eles só são tratados com atenção pela nora de um filho falecido na Segunda Guerra, a atenção dela deixa-os comovidos, sendo que o senhor exalta "recebemos atenção justamente daquela que não é do nosso sangue".


Vendo que os filhos não têm tempo para eles, o casal retorna para sua casa, porém lá, a mãe deles adoece, e os filhos se vêem na obrigação de ir visitá-la como se fosse para prestar satisfações ou cumprir um protocolo. 


Cada um deles reage a notícia da doença da mãe de maneira distinta, e mostra a avareza e frieza da maior parte deles.    


Claro que os espectadores ficam sensibilizados com a forma que a maioria dos filhos tratam os pais, mas é como um aviso do diretor sobre as prioridades que damos na vida. A ruptura que deve haver entre as gerações têm de ser dessa forma? Será que a cobrança feita pelos pais de ser o melhor, ter o melhor emprego, faz com que tenhamos filhos insensíveis?


Um belo contexto histórico por trás desse drama familiar.

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