quarta-feira, 2 de novembro de 2011

HARRY LANGDON



por cinema clássico:
Nascido em Council Bluggs, Iowa, Harry Langdon começou a trabalhar na Vaudeville aos 12 anos, após fugir de casa. Um de seus maiores sucessos foi o personagem em "Johnny's new car", número com o qual ele chegou a se apresentar por quase 20 anos. Filho do teatro, desenvolveu a pantomina (Representação das idéias através dos gestos, sem os recursos das palavras). Em 1923 assinou contrato com a Vitagraph Studios, onde estrelou uma série. Após um breve período, teve seu contrato comprado pela Keystone Studios, onde se tornou uma grande estrela.




No início de sua carreira, trabalhou bom tempo com Frank Capra, e juntos desenvolveram o personagem que o consagraria, de um homem-criança, que sempre tinha uma mãozinha de sorte para sobreviver aos problemas da vida. A maior parte de seus trabalhos foi realizada nos estúdios Keystone, de Mack Sennett, onde trabalhava também outros astros, como Charles Chaplin, Buster Keaton e Fatty Arbuckle. Em 1926 ele deixou os estúdios para fundar sua prórpia empresa, a Harry Langdon Corporation. Foi acompanhado por Harry Edwards, Frank Capra e Arthur Riplay.


Infelizmente, achando que o sucesso vinha somente de seu personagem, Harry rompeu com Capra, que em muito contribuía na realização de seus filmes. Harry tinha medo que Capra pudesse lhe roubar a glória. Essa tornou-se a pior decisão de sua vida.  O desastre veio logo em seu primeiro filme solo, "Three's a Crowd", um filme altamente sentimental e que não agradou. O público também parecia cansado de seu personagem, logo ele, que no auge de sua carreira foi considerado um dos quatro maiores cômicos do cinema mudo e era um mestre na pantomina. Seu último filme mudo veio em 1928.
Dentre seus maiores filmes destacamos O Homem forte (1926), Tramp, Tramp, Tramp (1926) e Calças Compridas (1927).
 Seu personagem infantil não se adaptou muito bem aos filmes falados, pois sua magia estava justamente na pantomina.  Ele chegou a fazer oito curtas falados, mas logo se tornou claro que sua magia acabara e ele foi demitido. Em 1934, aos 50 anos, assinou com a Columbia, onde iria ficar nos próximos dez anos, fez alguns filmes, claras imitações dos seus realizados anos antes. Também chegou a trabalhar mais uma vez com Hal Roach, se tornando roteirista de Laurel e Hardy. 
Em 1938 ele chegou a fazer um personagem de um marido dominado pela mulher.
Harry manteve-se ocupado até sua morte em 1944, de hemorragia cerebral. No auge de sua carreira ele chegou a ganhar a enorme quantia de 7.500 dólares semanais, uma verdadeira fortuna para a época, mas perto da morte era somente sombra do que fora. Quem o derrotou, na verdade, não foi a chegada do cinema mudo, que tantas carreiras ceifou, mas um ego inflado, que o fazia acreditar que era maior que todos, e que sozinho sobreviveria melhor do que partilhando os louros da glória.

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