quarta-feira, 30 de maio de 2012

A FACE DIÁRIA DA MORTE , ONDE ESCONDEMOS A NOSSA HUMANIDADE?

A cada mil crianças que nascem no mundo, 57 morrem antes dos cinco anos. Bem da verdade a mortalidade infantil vem diminuindo, mas nada que possamos comemorar , só em 2010 morreram 7,6 milhões de crianças .
O pior ainda é imaginar que dois terços desses casos poderiam ser facilmente evitadas. As principais causas são pneumonia, malária, HIV, diarréia. Mas a principal delas é a miséria. Dos dez países em que a situação é mais dramática, nove são na África subsaariana, e o outro é o Afeganistão. Um terço destas crianças sofre de malnutrição. Muito mais sofrem com a falta de água tratada e esgoto.
São crianças dos cinco continentes que estão sofrendo. Horrível demais, ainda mais quando sabemos dos números absurdos pelos governos com estádios de futebol e guerras estúpidas. Quando poderemos enfim acabar com tamanha dor ? Por que não há campanhas ou reportagens recorrentes? Parece que ninguém quer saber..ninguém quer lembrar.
 A crise do momento é no Iêmen. São 25 milhões de pessoas, xiitas e sunitas em partes iguais, inimigos. O governo é dono de quase tudo, e 90% da sua receita vem da venda de petróleo, que é retirado do solo e exportado por companhias estrangeiras. Se livraram recentemente, e parcialmente, de um presidente corrupto, na onda da Primavera Árabe, mas ele continua influente no governo.
Mesmo com um novo governo de transição, as facções se digladiam, a Al-Qaeda continua ativa, e a miséria aumenta e a morte sorri satisfeita.
Não há paz, não há dinheiro, não há comida. Metade da população passa fome. Em algumas áreas, um terço das crianças estão severamente mal-nutridas. Na capital milenar, Sanaa, em um hospital sem recursos, uma mãe abraça um esqueleto que chora. É uma visão horrível demais para ser contemplada.
reuters forastieri Uma foto que vai te fazer mal, e a melhor razão para você fazer o bem
A razão deste sofrimento indizível é quase sempre a mesma: nós.  A imensa maioria destas mortes são de responsabilidade humana. Ou, pelo menos, está dentro do nosso alcance evitá-las. Mas não o fazemos. Porque decidimos que existem coisas mais importantes que salvar crianças, comprar um celular novo, trocar de carro quem sabe e congestionar mais as estradas e poluir mais o ar. Estamos sempre a ser induzidos cada vez mais por futilidades, por compras, gastar dinheiro para ficarmos sempre endividados e aumentar o lucro de bancos e altas corporações.
Mas então por que se envergonhar? Eles são estranhos, terroristas, odeiam o ocidente e estão longe de nós?  Longe? Não se imaginarmos que aqui no Brasil mesmo são milhares de crianças morrendo sem razão, todos os anos.
Quem poderia acabar de vez com este sofrimento lava as mãos. Cadê a ONU? Mas se ficarmos esperando só pelas autoridades cada vez mais controladas por multinacionais e organismos financeiros nada será feito. Resta tentar o impossível, com a consciência que a vitória não virá.
Não há exemplo de coragem maior que os Médicos Sem Fronteiras. Estão, neste exato momento, salvando quem não teria salvação. Nos quatro cantos do planeta e no Iêmen também. São heróis. Precisam da sua ajuda, da nossa ajuda.
Lembre-se que a cada dia vinte e uma mil crianças com menos de cinco anos de idade morrerão hoje, mais amanhã, a cada quatro segundos uma criança morre. 
Os números são monstruosos, incompreensíveis, que nos causa desespero e aflição, bem pelo menos em quem tem coração.
Mas os números são frios pois precisamos muitas vezes ver imagens como essa para nos tocarmos e que lembremos das nossas consciências, afinal são pessoas da nossa espécie, são seres humanos e lembramos que temos um dever a cumprir, muito mais que religioso, muito mais do que aparecer bem na fita e estar na última moda, é um dever de humanidade, isso vale muito. Seja humano, seja solidário, ajude a salvar uma vida . Custa um real por dia.

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