quinta-feira, 7 de junho de 2012

A OBSOLÊNCIA PROGRAMADA


Vemos agora um comercial de carro com aquele clichê de sempre, tenha o meu modelo para ter destaque. Mas esse que vemos agora do homem que vai desaparecendo aos poucos por não ter o último modelo é um tanto excessivo. Nada nele vale a pena, nem o emprego ele tem destaque, ninguém percebe que ele existe por conta desse detalhe não tem um carro adequado. E o que mais parece acontecer na sociedade de hoje, você tem sempre que comprar o novo modelo, nem que você tenha um modelo praticamente igual, ou nem lhe faz tanta falta. É como se dissessem se você não tiver, você desaparece, não existe.


Hoje em dia parece ser mais que normal trocar de carro a cada 1-2 anos, ou de celular a cada 6-12 meses. Mas será que esse modelo de consumismo exagerado e por que não dizer, esse exibicionismo não está forçando demais os recursos do planeta? Como ter o carro de última geração, o widget "de ponta", e ainda falar em sustentabilidade, em ecologia, em um "mundo verde"...


Claro, pois o ultrapassado tem que ser descartado, mas para onde vai esse lixo? Temos que prestar atenção que não dá para ser sustentável enquanto as grandes empresas que ditam a economia mundial, continuam investindo pesado na prática da obsolência programada.


Por exemplo, a lógica da indústria de computadores é semelhante à das montadoras de carros. Ambas lançam novos produtos para nos fazer descartar os antigos. Essa estratégia foi criada na década de 1920 por Alfred Sloan, então presidente da General Motors. Sloan decidiu seduzir os consumidores para que trocassem de carro com frequência, apelando para a mudança anual de modelos, cores e acessórios. Bill Gates, o fundador da Microsoft, adotou a mesma fórmula nas atualizações do Windows, e o fabricante de chips Intel usa o mesmo procedimento para lançar seus chips. Não é à toa que o livro de cabeceira de Gates é a autobiografia de Sloan.


Se esses produtos realmente são tão perfeitos e de tão alta tecnologia por que duram cada vez menos? 


Vale a pena ver esse documentário espanhol com cerca de 52 minutos de duração a respeito dessa Obsolência Programada e como somos iludidos por essa estratégia de mercado.


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