SIMONE DE BEAUVOIR
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Simone conhece o seu grande amor e parceiro até a morte: Jean Paul
Sartre, juntos criaram o que seria definido como filosofia do
existencialismo.
Sartre e Beauvoir, apesar de apaixonados, não se casam, propõem um pacto: ficariam
juntos, mas em sua relação não existiria a monogamia e a mentira. Eles
acreditavam que precisavam conhecer a fundo a alma da humanidade e que
isso requer liberdade e verdade.
Aos 23 anos, Simone de Beauvoir é nomeada professora em Marseille e
Sartre é nomeado para o Havre. O casal teria de se separar. Por conta
disso, Sartre propõe o casamento para Simone, que recusa, e alega não
querer viver sob os ditames hipócritas da sociedade burguesa.
Em 1932, Simone se apaixona por uma de suas alunas, Olga
Kosakiewicz, apelidada pelo casal de “a pequena russa”. Sartre volta a
viver com Simone, agora com Olga, e passam a ser um triângulo amoroso, que
logo se tornaria um quarteto com a chegada de um aluno de Sartre:
Jacques-Laurent Bost.
Esta não seria a última vez que Sartre e Simone vivenciariam a
experiência em triângulos e quartetos bissexuais, o que escandalizava a sociedade da época que os chamavam de imorais. Em 1949, Simone lança sua obra mais conhecida, "O Segundo Sexo", mas na época ela foi duramente criticada.
Simone nunca falou publicamente sobre suas relações homossexuais,
mas assumiu nos anos 70 ter feito aborto e abraçou a luta pela causa.
O fato é que Simone de Beauvoir deixou vários livros fundamentais
para o mundo e, em uma época que tanto se discute sobre o papel da mulher hoje, o
corpo e nossa posição enquanto sujeitos na sociedade, ela nunca foi
tão atual… Na verdade, Simone ainda é provocadora e atual. E é isso que
faz da sua obra atemporal.
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