quarta-feira, 6 de junho de 2012

SIMONE DE BEAUVOIR

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Simone conhece o seu grande amor e parceiro até a morte: Jean Paul Sartre, juntos criaram o que seria definido como filosofia do existencialismo.

Sartre e Beauvoir, apesar de apaixonados, não se casam, propõem um pacto: ficariam juntos, mas em sua relação não existiria a monogamia e a mentira. Eles acreditavam que precisavam conhecer a fundo a alma da humanidade e que isso requer liberdade e verdade.

Aos 23 anos, Simone de Beauvoir é nomeada professora em Marseille e Sartre é nomeado para o Havre. O casal teria de se separar. Por conta disso, Sartre propõe o casamento para Simone, que recusa, e alega não querer viver sob os ditames hipócritas da sociedade burguesa.

Em 1932, Simone se apaixona por uma de suas alunas, Olga Kosakiewicz, apelidada pelo casal de “a pequena russa”. Sartre volta a viver com Simone, agora com Olga, e passam a ser um triângulo amoroso, que logo se tornaria um quarteto com a chegada de um aluno de Sartre: Jacques-Laurent Bost.

Esta não seria a última vez que Sartre e Simone vivenciariam a experiência em triângulos e quartetos bissexuais, o que escandalizava a sociedade da época que os chamavam de imorais. Em 1949, Simone lança sua obra mais conhecida, "O Segundo Sexo", mas na época ela foi duramente criticada.

Simone nunca falou publicamente sobre suas relações homossexuais, mas assumiu nos anos 70 ter feito aborto e abraçou a luta pela causa.

O fato é que Simone de Beauvoir deixou vários livros fundamentais para o mundo e, em uma época que tanto se discute sobre o papel da mulher hoje, o corpo e nossa posição enquanto sujeitos na sociedade, ela nunca foi tão atual… Na verdade, Simone ainda é provocadora e atual. E é isso que faz da sua obra atemporal.

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